A polêmica do alumínio no desodorante

A polêmica do alumínio no desodorante

Existe um produto que não pode faltar no banheiro do brasileiro, especialmente nessas épocas de temperaturas tão elevadas. Ele mesmo, o desodorante! A gente até fica sem ar condicionado, mas sem desodorante… ah, não dá!

Mas não é todo mundo que pode ou quer usar os convencionais antitranspirantes, que, aliás, colocam o Brasil em segundo lugar no ranking mundial dos países que mais consomem esses produtos. E é por causa desse público que cada vez mais marcas têm apostado em versões naturais, sem alumínio ou triclosan, acompanhando uma tendência que parece ter vindo para ficar.

Nos últimos três anos, o uso de desodorantes naturais aumentou muito. Boa parte desse aumento tem a ver com a polêmica envolvendo a relação entre os sais de alumínio utilizados nas fórmulas dos antitranspirantes e o câncer de mama. Alguns estudos científicos encontraram resquícios do metal, assim como parabenos e outras substâncias químicas, em células tumorais. Apesar dos indícios, a ciência se divide em classificar o alumínio como vilão ou tratá-lo como substância inofensiva. Fora da relação com câncer, dermatologistas levantam outros pontos de alerta, como predisposição a intoxicações e alergias.

Antitranspirantes e desodorantes: entenda as diferenças

Para entender melhor a questão é importante saber diferenciar os desodorantes dos antitranspirantes. Os primeiros são cosméticos que mascaram o odor causado pela transpiração. Os antitranspirantes possuem ingredientes que bloqueiam os poros e diminuem a transpiração.

O alumínio, ingrediente comum nos antitranspirantes, é o que corta a transpiração axilar. Por ser difícil dimensionar o acúmulo da substância química a longo prazo no organismo, muitos médicos sugerem precaução, seja com as versões em aerosol ou roll-on.

Como fazer a transição para o desodorante natural?

Antes de testar um desodorante natural, é preciso tomar algumas precauções. O ideal é evitar receitas caseiras porque elas podem causar alergias e provocar queimaduras, especialmente se as misturas envolverem óleos essenciais.

Outra coisa importante de saber é que justamente por não evitar a transpiração, desodorantes naturais demandam paciência com o próprio corpo durante a transição, até porque pode haver aumento da sudorese nos três a quatro meses seguintes. Depois desse tempo, a situação costuma se regularizar.

Quer começar a usar um desodorante natural? Então, se liga!

– Priorize roupas de tecidos naturais, que não abafam a transpiração.
– Lave as axilas com mais frequência; se preciso, use lenços umedecidos ao longo do dia e depois seque bem.
– Faça esfoliação nas axilas semanalmente.
– Reaplique o desodorante ao longo do dia, quantas vezes for necessário.

Com a preocupação crescente com a questão ambiental e o uso constante de químicos desenvolvidos em laboratório, o desodorante sem alumínio tem se tornado um protagonista na escolha por um cuidado mais natural com o corpo. De toda forma, é bom saber que os desodorantes naturais não vão “segurar” o suor como um produto com alumínio, mas ajudar no controle do odor e não na quantidade de suor liberada pelas axilas. E, qualquer que seja a sua escolha,vale reforçar que ainda não existe comprovação de que qualquer uma dessas substâncias de fato cause câncer de mama.

Fontes: Estadão | G1 | Boa Forma

Categorias